Histórico

A Comissão Interna de Biossegurança da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo - CIBio, constituída desde 1995 por professores e pesquisadores da Unidade é responsável pelas boas práticas de manipulação e descartes de organismos geneticamente modificados, seja eucariotos ou procariotos.A Comissão preocupada em tornar possível a educação continuada dos docentes, pesquisadores e técnicos tanto da comunidade uspiana como da comunidade acadêmica externa a ela, organizou o primeiro fórum de discussões "1º Encontro de Biossegurança em Ensino e Pesquisa" e a partir de 2001 associou-se à Comissão de Descartes Laboratoriais da FCF/USP para promoção de evento anual unificado abrangendo as duas áreas, com o objetivo de manter a educação continuada na manipulação, descarte de produtos químicos, farmacêuticos e organismos geneticamente modificados, sem prejuízo do meio ambiente, portanto a preservação do ecossistema à comunidade acadêmica. Em 2015 a Diretoria da FCF ampliou a atuação da Comissão de Descartes Laboratoriais criando a Comissão de Segurança Química e Biológica de forma a gerenciar todo o processo das pesquisas desenvolvidas com químicos e biológicos e neste ano as duas Comissões realizaram a 14ª. edição do evento. (Fig. 01 - Ilustração do folder do 1º Encontro de Biossegurança em ensino e Pesquisa, FCF/USP, 2000)

Os resultados obtidos com a realização desses eventos têm sido dos mais significativos, pois vem atraindo pesquisadores dos diversos estados do País pode a partir do I Encontro disseminar as boas práticas em laboratórios de biossegurança disponibilizando a primeira apostila de treinamento nesse assunto e este evento passou a ser oficialmente considerado como veículo de treinamento em manipulação e descartes de OGM da FCF-USP.

O denotado desempenho dos docentes e pesquisadores da Faculdade e interesse nas questões de biossegurança levou a Comissão a propor a publicação do livro “Manual de Biossegurança”. Com o apoio da Diretoria da FCF e o empenho dos pesquisadores e da Editora Manole, em 2002 foi publicado e seu lançamento ocorreu durante o III Simpósio de Biossegurança e Descartes. (Fig. 02 - Ilustração da capa do Livro Manual de Biossegurança, Editora Manole, 2002)

Em 24 de novembro de 2011, na 10ª. Edição do SIMPÓSIO DE BIOSSEGURNAÇA E DESCARTES aconteceu o lançamento da 2ª. Edição. (Fig. 02 - Ilustração da capa do Livro Manual de Biossegurança, 2ª Edição, Editora Manole, 2012)

A colaboração dos patrocinadores na realização destes eventos tem contribuído para seu sucesso, pois a cada ano o número de interessados tem aumentado (aproximadamente 1000 candidatos) limitado entre 300 a 500 participantes/ano em função da capacidade do auditório.

O envolvimento das instituições públicas ligadas ao ensino e a saúde demonstram a preocupação destes com a implementação de estudos que visem a proteção da saúde humana, dos organismos vivo e do meio ambiente e, a coordenação do evento por estas entidades, caracteriza-o como um espaço de associação de ideias diretamente direcionadas aos interesses coletivos, reunindo experiências de norte a sul do país.

O alto nível das discussões e as contribuições advindas do encontro de pesquisadores, cientistas, membros da academia e das comissões internas de biossegurança que, via de regra, exercem suas atividades de forma voluntária, ressaltam seu caráter peculiar, ganhando notoriedade e um espaço esperado por todos que estão de alguma forma ligados a biossegurança. Este resultado deve-se à programação cientifica elaborada com a participação de palestrantes de expressão no cenário nacional e internacional que atuam nas áreas médica, farmacêutica, biológica, química, jurídica, engenharia, agronomia, física e outras.

Reconhecido como uma das iniciativas mais importante na área de biossegurança, a cada edição deste encontro, reafirma-se sua importância, motivo pelo qual, hoje, é um evento oficial de interação, discussão e encaminhamento das políticas de biossegurança no Brasil.

A programação cientifica é representada por cientistas de expressão do cenário nacional que atuam nas áreas médica, farmacêutica, biológica, química, jurídica, engenharia, agronomia, física e outras e têm sido construída atendendo as áreas: Ambiental, Animal, Vegetal e Humana e com um temário que abordou os avanços tecnológicos nos diversos continentes, possibilitando que os participantes além de agregar novos conhecimentos interagissem com os ministrantes, estabelecendo um rico intercâmbio de informações, além de debater o papel das Financiadoras na biossegurança.

As discussões promovidas nas edições anteriores foram focadas em palestras, mesas redonda, conferências e Work shop com a participação média de 400 congressistas, docentes, pesquisadores, alunos e profissionais ligados ao ensino, pesquisa e à indústria. No Quadro 1 encontra-se o número de participações nas edições anteriores do Evento:

Quadro 01. Simpósio de Biossegurança e Descartes/Número de Participações nas edições dos anos de 2000 a 2015.

Estas participações representaram importantes Instituições e Órgãos Públicos, entre eles os a seguir elencados: Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura, Pecuária de Abastecimento, ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Prefeitura Municipal de São Paulo, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP-SP e USP-Ribeirão Preto, Faculdade de Medicina da USP-SP, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Conselho de Informações sobre Biotecnologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, Universidade de Brasília, UNESP de Araraquara e Araçatuba, Universidade Federal de Viçosa, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães da FIOCRUZ, Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnologia da USP-SP, Instituto de Tecnologia do Paraná, Instituto de Física de São Carlos, Universidade Estadual de Campinas, Universidade Federal de São Paulo, Faculdade de odontologia da USP-SP, Instituto Adolfo Lutz, Instituto do Coração – SP, Instituto Butantã, Fundação Oswaldo Cruz, Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica, Universidade Estadual de Santa Cruz, Universidade Estadual de Maringá, Instituto de Biociências da UNESP-Botucatu, Universidade de Buenos Aires, EMBRAPA, Universidade Federal do ABC, Instituto de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Universidade Estadual de Londrina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Saúde Pública da USP-SP, Universidade de Santo Amaro, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira – UNESP, Universidade Estadual Paulista – São José dos Campos, Universidade de Mogi das Cruzes, Hemocentro de Ribeirão Preto, Universidade Federal de Campina Grande - Paraíba, Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Piracicaba, Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica, Instituto de Química da UNESP de Araraquara, Instituto Agronômico de Pernambuco, Instituto de Botânica de São Paulo, Centro de Bioterismo da Faculdade de Medicina da USP-SP, Instituto de Química da USP-SP, Instituto de Física de São Carlos, Universidade Federal do Espirito Santo, Organização Mogiana de Educação e Cultura, FIOCRUZ-Bio-Manguinhos, Faculdade de Odontologia de Bauru, INMETRO-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos.

A característica deste evento é realmente peculiar, pois não está envolvida nenhuma sociedade cientifica de forma direta na coordenação e organização da mesma e todo o recurso obtido é utilizado para benefício dos participantes. Portanto, não há nenhum conflito de interesses entre os vários segmentos envolvidos, seja na promoção e organização bem como dos participantes, pois todos têm interesse em comum de melhorar as condições de biossegurança nacional.

Manual de Biossegurança – 3ª Edição, Atualizada e Ampliada

(Em 24 de novembro de 2016, na 15ª. Edição do SIMPÓSIO DE BIOSSEGURANÇA E SEGURANÇA QUÍMICA E BIOLÓGICA EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO E PESQUISA aconteceu o lançamento do Manual de Biossegurança, 3ª Edição, Editora Manole, 2016)

A linguagem da biossegurança, idealizada de modo simples e objetivo, é novamente a principal meta desta obra, em sua 3ª edição, atualizada e ampliada. Esta edição conta com novos capítulos que abordam:

• Procedimentos em laboratórios com diferentes níveis de biossegurança
• Trabalho de contenção com microrganismos geneticamente modificados
• Biossegurança em métodos alternativos a animais de experimentação
• Biossegurança em genômica
• Segurança na atuação em enfermagem e fisioterapia
• Relato histórico sobre segurança do trabalho

Rico em ilustrações e exemplos práticos, Manual de Biossegurança, 3ª edição, está fundamentado na experiência de professores e pesquisadores que buscam difundir conceitos e procedimentos seguros em laboratórios de ensino, pesquisa e serviços, e em outros ambientes de trabalho.

A visão multidisciplinar em biossegurança é a principal característica deste livro, que tem como objetivo atender pesquisadores, professores, alunos e profissionais que se interessam em conhecer fatores de risco à saúde e ao meio ambiente e medidas de prevenção.

Última atualização em 06/12/2016 às 10h42